DESTAQUE DO BLOG

PARA REFLETIR:

"Escrevo há muito tempo.
Costumo dizer que, se ainda não aprendi,
não foi por falta de prática."

MOACYR SCLIAR
No seu livro O texto, ou: A vida.

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PARA SE DELICIAR:
AUTOPSICOGRAFIA
                            Fernando Pessoa
               

O poeta é um fingidor.

     Finge tão completamente
         Que chega a fingir que é dor
   A dor que deveras sente.


          E os que lêem o que escreve,

  Na dor lida sentem bem,
   Não as duas que ele teve,
     Mas só a que eles não têm.

      E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda

  Que se chama o coração.


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LUIZ AMORIM

Açougueiro e produtor cultural da ONG Projetos Culturais T-Bone


 Em 1994, Luiz Amorim surpreendeu os comerciantes da CLN 312, em Brasília, ao colocar os livros de Platão e José Saramago lado a lado com as peças de carne que vendia no seu açougue. A partir dessa ousadia do seu proprietário, o Açougue T-Bone ganhou o nome Cultural no meio e tornou-se palco de exposições, vernissages e concertos.

Artistas consagrados já se apresentaram em frente ao açougue, como o pernambucano Lenine, reunindo um público de 20 mil pessoas que se aglomeraram em frente ao açougue para ouvi-lo de graça.

Luiz Amorim possui um acervo de cerca de 4.000 livros – entre esses, dois exemplares de “O Morro Dourado” – acomodados nos fundos do seu açougue e colocado à disposição da freguesia. Amorim, também, espalha livros pelos pontos de ônibus da capital federal. A população pode levar o livro para casa e depois devolvê-lo, para que outros leitores possam compartilhar dessa brilhante iniciativa de levar cultura para perto da população. 

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